segunda-feira, 10 de abril de 2017

Duda Mel, de 38 anos, tomou hormônios por conta própria por mais de duas décadas até encontrar apoio médico gratuito e, há nove meses, dar o passo final para realizar sua mudança de sexo ver no espelho a imagem que refletia a identidade na qual ela se via. 

A primeira bailarina clássica trans do Brasil fez a cirurgia de transgenitalização – mudança de sexo – no único espaço do Norte e Nordeste do País a oferecer o serviço por meio do Sistema Único de Saúde (SUS): o Espaço de Cuidado e Acolhimento de Pessoas Trans, localizado no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Recife. O ambulatório é referência na área, mas tem uma demanda muito superior à capacidade. Atualmente, a fila de espera para fazer a cirurgia é de 13 anos.Leia também: Doença celíaca pode ser curada com vacina, segundo estudo
A estimativa é da psicóloga Suzana Livadias, coordenadora do Espaço Trans. Segundo ela, desde a inauguração do ambulatório, são feitas, em média, dez cirurgias de redesignação sexual por ano. A sala de cirurgia e dois cirurgiões são disponibilizados uma vez por mês.
Atualmente, 230 pessoas são atendidas pelo local. Dessas, 170 nasceram com a genitália masculina, mas se identificam como mulheres e cerca de 130 querem fazer a mudança de sexo. “Em tese, então, são 13 anos, pelo menos neste momento. Nosso sonho é aumentar para duas cirurgias por mês”? 

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